sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O Livro do Apocalipse

Último livro de Bíblia, escrito cerca do ano 95 d.C., durante a perseguição aos cristãos, promovida pelo imperador Domiciano. Foi escrito por São João que, exilado na ilha de Patmos, teve, num domingo (Ap 1,9-10), extraordinárias visões simbólicas, que lhe deram a certeza de que Deus daria a vitória final a quantos se mantivessem fiéis a Jesus Cristo, vitória anunciada para breve (Ap 22,7-20). A uma primeira visão do Ressuscitado, seguem-se sete cartas a outras tantas Igrejas da Ásia Menor. O corpo maior do livro é preenchido por revelações sobre o sentido da história, em momento particularmente difícil para a Igreja dos primórdios (destruição de Jerusalém, decadência do Império Romano, primeiras heresias…), o que sugeria “o fim dos tempos”.

O livro do Apocalipse de São João (para católicos e ortodoxos) ou Apocalipse de João (para protestantes) ou (Revelação a João) é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico. A palavra significa, em grego, "Revelação". Um "apocalipse", na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações.

Para os cristãos, o livro possuiria a pré-visão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno do Messias cristão. Alguns Protestantes e Católicos mencionam que os acontecimentos previstos no livro já teriam começado. Devido ao fato de que, na maioria das bíblias em língua portuguesa, se usar o título Apocalipse, e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro e é às vezes usado como sinônimo (errôneo) de "fim do mundo".

- Autoria

Exegetas católicos e protestantes atribuem a sua autoria a João, o mesmo autor do Evangelho Segundo João, conforme o descrito no próprio livro: Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia. (Apocalipse 1:9–11)

- Conteúdo do Texto

O imperador romano Domiciano (81- 96 d.C.) moveu forte perseguição aos cristãos, tendo deportado S. João, que era o bispo de Éfeso para a ilha de Patmos . Ao mesmo tempo os cristãos eram hostilizados pelo judeus e aguardavam a volta de Cristo, que não acontecia, para livrá-los de todos os males. Foi neste contexto que o Apóstolo escreveu o Apocalipse para confortar e animar os cristãos das já inúmeras comunidades da Ásia Menor. Apocalipse, em grego ´apokálypsis´(= revelação), era um gênero literário que se tornou usual entre os judeus após o exílio da Babilônia (587-535 a.C.), e descreve os fins dos tempos onde Deus vai julgar os homens. Essa intervenção de Deus abala a natureza (fenômenos cósmicos), com muita simbologia e números. A mensagem principal do livro é que Deus é o Senhor da História dos homens, e no final haverá a vitória dos justos. Mostra a vida da Igreja na terra como uma contínua luta entre Cristo e Satanás, mas que no final haverá o triunfo definitivo do Reino de Cristo, triunfo que implica na ressurreição dos mortos e renovação da natureza material.

As calamidades que são apresentadas não devem ser interpretadas ao pé da letra. Deus sabe e saberá tirar de todos os sofrimentos da humanidade a vitória final do Bem sobre o Mal.

Infelizmente há muitos que querem interpretar a Bíblia “a seu modo”, mesmo sem conhecer os gêneros literários, as línguas antigas, a história antiga, etc, e isto tem levado multidões a caminhar longe da verdade de Deus. Até “tarô bíblico” já se apresenta na TV; isto é, interpreta-se a Bíblia com o auxílio das cartas esotéricas do tarô ... Por tudo isso, e para que não acontecesse essas aberrações, e a Bíblia não ficasse sujeita à interpretação subjetiva de muitos, foi que Jesus deixou Pedro e os Apóstolos, hoje o Papa e os Bispos, sucessores dos Apóstolos, para interpretarem sem erro o que foi revelado sem erro. É o que chamamos de Magistério da Igreja.

O Apocalipse foi escrito sob a forma de uma carta escrita às Igrejas da Ásia menor, que viviam tempos difíceis de perseguição romana. É um livro bastante enigmático e difícil de ser entendido, e que pode gerar muitos erros de interpretação como já ocorreu muitas vezes na história da Igreja se não observarmos com cuidado como a Igreja o interpreta. O Apocalípse não pretende dar uma descrição antecipada dos acontecimentos do futuro, mas de apresentar uma mesma realidade sob vários símbolos diferentes; e tudo é feito com uma linguagem intencionalmente figurada para despertar a atenção do leitor, que estava acostumado ao gênero apocalíptico usado pelos judeus.

Alguns símbolos tem significado preciso: o Cordeiro simboliza o Cristo; a mulher, a Igreja ou a Virgem Maria; o dragão, as forças hostis ao reino de Deus; as duas feras (cap.13), o império romano e o culto imperial; a fera (cap.17), simboliza Nero; Babilônia, a Roma pagã; as vestes brancas, a vitória; o número três e meio, coisa nefasta ou caduca. Mas esses símbolos não são exclusivos; o Cristo é, às vezes representado como “filho do homem”ou cavaleiro. O Apocalípse é uma revelação sobrenatural, velada, sob símbolos, representando tanto o passado, quanto o presente da Igreja, e também o futuro. Se refere a um período indefinido que separa a Ascensão de Cristo de sua volta gloriosa. Deixa claro da impossibilidade de escapar à luta e ao sofrimento, às perseguições e ao fracasso aparente no plano terrestre, à realidade da salvação que lhe será concedida no meio de suas obrigações, e à vitória final, que é obra de Cristo ressuscitado que venceu o pecado e a morte.

A mensagem principal do livro é que Deus é o Senhor da História dos homens, e no final haverá a vitória dos justos, em que pese o sofrimento e a morte. Mostra a vida da Igreja na terra como uma contínua luta entre Cristo e Satanás, mas que no final haverá o triunfo definitivo do Reino de Cristo, triunfo que implica na ressurreição dos mortos e renovação da natureza material. As calamidades que são apresentadas não devem ser interpretadas ao pé da letra. Deus sabe e saberá tirar de todos os sofrimentos da humanidade a vitória final do Bem sobre o Mal.

- O número da Besta 666 (Ap 13, 18)

Aproveitando do simbolismo dos números dos antigos, S. João designou o perseguidor dos cristãos (figurado como uma besta) dizendo que o nome desse homem (NERO) tem o valor numérico de 666. Ele foi o primeiro imperador romano a perseguir a Igreja desde o ano 64dC. E sua perseguição foi bárbara e cruel. Para os antigos as letras tinham valor numérico, como por exemplo no alfabeto romano (I=1; II=2; V=5; C=100; D=500; M=1000; ...), e a soma dos números correspondentes a cada letra de um nome dava o valor numérico desse nome. Qual é, então, para o autor sagrado do Apocalipse, o nome cujas letras somadas dão o total de 666? Note-se que não se deve procurar tal nome entre os latinos ou na história posterior a São João, uma vez que os leitores do Apocalipse estavam na Ásia Menor, e alí se falava o grego e não o latim; e só conheciam os acontecimentos do seu passado e do seu presente. É para esses leitores que S. João queria transmitir uma mensagem, na forma que pudessem compreender.

OBS.: A mensagem do Apocalipse é perene, vale para o passado e para o futuro também. O 666 foi identificado pelos especialistas como sendo a decodificação de Cesar Nero, primeiro perseguidor dos Cristãos, a partir de 64. Mas pode representar o anti-Cristo de todas as épocas, todos que perseguiram e perseguirão os cristãos. Sobre a marca na mão direita e na testa, é sem dúvida um boicote aos cristãos, por parte do anti-Cristo de todas as épocas. Se isto vai se confirmar com o uso dos chips de mão ou coisas semelhantes, só esperando para ver. A Igreja nada afirma sobre esta questão.


REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

Um comentário:

Anônimo disse...

caros, mulher=igreja ,prostituta=igreja má, agua=povos-multidoes, 7cabeças=7 montes, 1tempo 2tempos e metade de um tempo=3anos e meio=1260 dias,chifres=poder-rei- reinos, animal=reino ou rei,ventos=guerras,tempos=anos,dragao=satanas, calda=falso profeta,etrelas=mensageiros e so algumas referencias e so interpretar.