quarta-feira, 12 de março de 2008

A Diferença entre a Bíblia Católica da Protestante

DIFERENÇA ENTRE AS BÍBLIAS CATÓLICA E “PROTESTANTE”

A Bíblia Protestante não possui estes 7 livros do Antigo Testamento: Judite, Tobias, Sabedoria, Eclesiástico(ou Siracides), Baruc, 1 Macabeus e 2 Macabeus. Além de alguns fragmentos de Daniel e Ester.

Quando os primeiros cristãos resolveram juntar o Antigo Testamento com os textos que começavam a ser escritos sobre a vida de Jesus e da Igreja (Novo Testamento) para formar a Bíblia, os judeus se colocaram contra e resolveram criar critérios que diferenciassem os textos sagrados antigos dos novos escritos que surgiam. Estas foram as regras definidas:

· O livro não poderia ter sido escrito fora da Terra de Israel;
· Somente em língua hebraica;
· Não depois de Esdras (458-428 a.C);
· Não em contradição com a lei de Moisés.

Assim, os judeus da Palestina fecharam o cânon (lista dos textos Sagrados) sem reconhecer livros e escritos que não obedeciam a tais critérios.

Acontece, porém, que em Alexandria, no Egito, havia uma próspera colônia judaica que, vivendo em terra estrangeira e falando língua estrangeira (o grego), não adotou os critérios nacionalistas estipulados pelos judeus de Israel. Os judeus de Alexandria chegaram a traduzir os livros sagrados hebraicos para o grego entre 250 e 100 a.C., dando assim origem à versão grega dita "Alexandrina" ou "dos setenta intérpretes". Esta tradução possuía os livros que faltam na Bíblia Protestante, pois estes ao se separarem da Igreja Católica, adotaram o cânon dos judeus de Israel como verdadeiro. No entanto, os apóstolos e evangelistas, ao escreverem o Novo Testamento em grego, citavam o Antigo Testamento, usando a tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta diferia do texto hebraico (ver Mt 1,23 quando cita Is 7,14; e Hb 10,5 (cita Sl 40,6). Esta tornou-se a forma comum entre os cristãos; em conseqüência, o cânon amplo, incluindo os sete livros já citados, passou para o uso dos cristãos.

O Antigo testamento é citado 350 vezes por Jesus e os apóstolos, sendo que 300 citações são encontradas somente na tradução Alexandrina. Ou seja, os protestantes ao se separarem da igreja fundada por Cristo, recusaram justamente os livros usados por Ele e seus apóstolos em suas pregações. É bom recordarmos as palavras de S. João, no fim do Apocalipse: "Se alguém corta qualquer das palavras do livro desta profecia, Deus lhe cortará sua parte do livro da vida e da cidade santa, e do que está escrito neste livro” (Ap 22, 19).

A maior diferença entre a Bíblia dos católicos e a Bíblia dos protestantes não está no texto bíblico, mas nas diferentes interpretações que existem. A interpretação dos católicos é uma só, no mundo inteiro, porque nós seguimos o Magistério, que é a palavra oficial da Igreja. Ao passo que os protestantes divergem entre si, porque adotaram o “livre exame”.
A paz!

3 comentários:

Nilton disse...

O que é o Cânon da Bíblia?


Pergunta: "O que é o Cânon da Bíblia?"

Resposta: Essa é uma pergunta muito importante porque Cristianismo não começa por definir Deus, Jesus Cristo ou salvação. A base do Cristianismo é encontrada na autoridade das Escrituras. Se não podemos identificar o que é Escritura, então não podemos dintinguir corretamente verdade de erro teológico.

A palavra "cânon" significa régua, e em relação à Bíblia, significa a regra usada para determinar se um certo livro podia ser medido satisfatoriamente de acordo com um padrão. No entanto, é importante ressaltar que os manuscritos bíblicos eram canônicos no momento em que foram escritos. Escritura era Escritura quando a caneta tocou o pergaminho.

De acordo com a regra ou padrão usado para determinar quais livros deviam ser classificados como Escritura, um versículo chave para entender o processo, propósito e talvez até o momento no qual as Escrituras nos foram dadas é Judas 3, o qual diz que a fé de um Cristão “uma vez por todas foi entregue aos santos.” Já que nossa fé é definida pelas Escrituras, Judas está essencialmente dizendo que Escritura nos foi dada de uma vez por todas para o proveito de todos os Cristãos. Não é maravilhoso saber que não há nenhum manuscrito perdido ou escondido ainda esperando ser descoberto, não há nenhum livro secreto que é conhecido apenas por alguns, e que não há ninguém vivo que tem revelação especial exigindo que viajássemos para cima de uma montanha no Himalaya para ser iluminado?!! Podemos ter confiança de que Deus não nos deixou sem uma testemunha. O mesmo poder supernatural que Deus usou para produzir Sua palavra também foi usado para preservá-la.

Salmos 119:160 diz que a Palavra de Deus como um todo é verdade. Começando com essa premissa, podemos comparar manuscritos que não fazem parte do cânon das Escrituras para ver se eles passam o teste. Como um exemplo, a Bíblia afirma que Jesus Cristo é Deus (Isaías 9:6-7; Mateus 1:22-23; João 1:1, 2, 14; 20:28; Atos 16:31, 34; Filipenses 2:5-6; Colossenses 2:9; Tito 2:13; Hebreus 1:8; 2 Pedro 1:1). No entanto, muitos textos que não fazem parte da Bíblia mas afirmam ser Escritura argumentam que Jesus não é Deus. Quando contradições tão claras assim existem, a Bíblia como estabelecida hoje é para ser confiada, deixando os outros documentos fora de sua esfera.

Nos primeiros séculos da igreja, Cristãos às vezes eram executados por possuirem cópias das Escrituras (naqueles tempos, os livros da Bíblia eram encontrados em pergaminhos individuais, não eram combinados em um só livro como hoje). Por causa dessa perseguição, a seguinte pergunta logo surgiu: "Vale a pena morrer por quais livros?" Talvez alguns livros continham alguns dizeres de Jesus, mas eram inspirados do jeito que 2 Timóteo 3:16 descreve? O conselho da igreja foram importantes em reconhecer o cânon das Escrituras em público, mas muitas vezes uma igreja individual ou grupos de igrejas reconheciam um livro como sendo inspirado pelo jeito que foi escrito (ex: Colossenses 4:16; 1 Tessalonicenses 5:27). Durante os primeiros séculos da igreja, poucos livros eram disputados e a lista foi basicamente estabelecida em volta de 303 D.C.

Quanto ao Velho Testamento, eles tinham que considerar três fatos importantes: 1) O Novo Testamento cita ou se refere a todos os livros do Velho Testamento, com exceção de apenas dois. 2) Jesus efetivamente endossou o cânon hebreu em Mateus 23:35 quando Ele citou uma das primeiras narrativas e uma das últimas das Escrituras de Seu tempo. 3) Os judeus eram muito meticulosos ao preservar as Escrituras do Velho Testamento, e eles tinham poucas controvérsias sobre quais partes pertenciam ou não ao cânon. O Apocrypha Católico romano não passou no teste canônico e ficou de fora da definição de Escritura, e nunca foi aceito pelos judeus.

A maioria das perguntas sobre quais livros faziam parte da Bíblia era relacionada com os manuscritos da época de Cristo adiante. A igreja primitiva tinha critérios bem específicos para que os livros fossem considerados parte do Novo Testamento. Esses critérios incluiam: O livro foi escrito por alguém que era testemunha ocular de Cristo? O livro passou o "teste da verdade"? (quer dizer, o livro concordava com algum outro, que já era visto como parte das Escrituras?). Os livros do Novo Testamento que foram aceitos naquela época têm ultrapassado o teste do tempo e a Ortodoxia Cristã tem aceito esses livros, com pouco desafio, por séculos.

Confiança na aceitação desses livros específicos vem desde os recipientes do primeiro século, os quais ofereceram testemunho de primeira mão sobre sua autenticidade. Além disso, o assunto dos fins dos tempos encontrado no livro de Apocalipse, e a proibição de adicionar às palavras daquele livro em 22:18, argumentam fortemente a favor do canôn ser fechado na época em que o livro de Apocalipse foi escrito (95 D.C.).

Há um importante ponto teológico que não podemos deixar de mencionar. Deus tem usado Sua palavra por milênios para um propósito principal – revelar a Si mesmo e Se comunicar com a humanidade. No fim das contas, o conselho das igrejas não decidiu se um livro era Escritura; Deus decidiu isso quando o autor humano foi escolhido por Ele para escrever. Para poder realizar o resultado almejado, incluindo a preservação de Sua palavra através dos séculos, Deus guiou os conselhos da igreja primitiva no seu reconhecimento do cânon.

A aquisição de conhecimento sobre certos assuntos, tais como a natureza verdadeira de Deus, a origem do universo e vida, o propósito e significado da vida, as maravilhas da salvação e eventos futuros (incluindo o destino da humanidade) vão muito além da capacidade humana natural e científica de observação. A valiosa palavra de Deus que já nos foi entregue tem sido adotada por Cristãos por séculos, é suficiente para nos explicar tudo que precisamos saber sobre Jesus Cristo (João 5:18; Atos 18:28; Gálatas 3:22; 2 Timóteo 3:15) e para nos ensinar e corrigir em toda justiça (2 Timóteo 3:16).

Anônimo disse...

Para mim não se trata de diferenças, entre as religiões, mas de interpretações pessoais e que favorecem a quem interpreta, quando na verdade Jesus prega o amor incondicional ao proximo, e a igualdade entre as pessoas, mesmos direitos porem os mesmo deveres, em todos os livros, capitulos, versiculos, textos se exorta o amor a justiça, a partilha a fraternidade entre os povos, tendo Cristo como mediador, como instrutor e mestre como caminho verdade e vida, oxalá se um dia chegarmos a esse nivel ai sim não haveria mais diferenças de religiões de credos e crenças.

Anônimo disse...

"Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles. Pois, nisso consistem a lei e os profetas" (Mt 7,12).
Jesus positiva a Lei interior...quando temos consciência e domínio de nossas faculdades cognitivas e utilizamos livremente a razão, somos conduzidos pela lei interior da liberdade! liberdade concedida por Deus. que é a luz que ilumina a razão e que em Cristo se revela na ação, nas obras de caridade.