Esse belo texto eu recebi por e-mail há algum tempo e achei legal colocar aqui para nossa reflexão. Nunca se esqueçam que Jesus também representa Sacrifício e não apenas a sua Ressurreição. Vemos que muitas pessoas só querem os "louros" de Cristo e se esquecem do Sacrício que é necessário para segui-lo.
TUDO ISSO PARA NOS SALVAR...
Relato aqui a descrição das dores de Jesus feita por um grande estudioso francês, o médico Dr. Barbet : dando a possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a sua paixão. "Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia. Posso portanto escrever sem presunção."
Jesus entrou em agonia no Getsemani - escreve o evangelista Lucas - orava mais intensamente. "E seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão dum clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno Raríssimo. Se produz em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.
Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.
Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.
Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso, é de cerca de 600 metros.
Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la é atroz.
Alguma vez vocês tiraram uma atadura de gaze de uma grande chaga? Não sofreram vocês mesmos esta experiência, que muitas vezes precisa de anestesia?
Podem agora vos dar conta do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Como aquela dor atroz não provoca uma síncope?
O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos.
Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), o apoiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o seu pólice, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado!
Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha.
A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.
O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos o laceraram o crânio. A pobre cabeça de Jesus inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudíssimas.
Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico.
Jesus atingido pela asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Que dores atrozes devem ter martelado o seu crânio!
Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".
Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, inimaginável!
Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las.
Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa. Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se eleve para respirar. A asfixia periódica do infeliz que está destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".
E morre.
"Ele fez tudo isso por amor a você!
E você, o que faz por ele?!?"
Destinado a (in)formação do catequista e animadores de comunidades. Um ótimo espaço para estudos mais aprofundados de vários temas tão necessários em nossa prática evangelizadora! Acesse e bons estudos!!!
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quarta-feira, 3 de agosto de 2011
terça-feira, 5 de outubro de 2010
A Importância dos Retiros Espirituais
Sua comunidade tem o costume de realizar retiros? As pastorais têm em seus cronogramas anuais tal atividade? Os catequistas e demais lideranças costumam se fortalecer em alguns dias de afastamento?? Esse artigo trará algumas importantes respostas para suas principais dúvidas.
Retiro significa sair do seu lugar de convívio, afastar-se; deixar suas atividades para buscar uma reflexão... Lembro ainda que a palavra Retiro é mais ampla, pois se refere a todos aqueles que se recolhem para orar, tendo assim um encontro mais profundo com Deus (Mt 6, 5-8). Todas as pastorais deveriam ter, em seu cronograma anual, um retiro espiritual. E também os catequistas deveriam participar te tais atividades, pois precisam também encher “suas talhas” com a Graça de Deus, visando que elas não fiquem secas.
- Eles são mesmo Importantes??O Retiro é fundamental para fortalecer a fé das pessoas, pois elas deixam suas preocupações diárias para voltar seu pensamento para o Senhor. E nesses dias de refúgio, os jovens e adultos podem perceber a importância de suas famílias, a valorização das amizades, além de todos poderem passar pelo “deserto” entendendo a plenitude da fé. Lembro que o “deserto” não dever ser visto como algo sem vida, estéril, ou duro de caminhar, mas como algo fértil. E essa fertilidade poderá nos transformar e nos renovar na caminhada.
Não podemos esquecer que Jesus, em vários momentos, saía várias vezes para rezar, para meditar:
- “Venham vocês também para um lugar deserto e descansem um pouco” (Mc 6, 31)
- “Partiram na barca para um lugar solitário, à parte”.(Mc 6, 32)
- “Retirou-se para uma região vizinha do deserto, a uma cidade chamada Efraim, e ali se detinha com seus discípulos.” (Jo 11, 54).
- "Num daqueles dias ele subiu com os seus discípulos a uma barca. Disse ele: Passemos à outra margem do lago. E eles partiram." (Lc 8, 22)
- “A hora já estava bem avançada quando se achegaram a ele os seus discípulos e disseram: Este lugar é deserto, e já é tarde”. (Mc 6, 35).
- “Mas ele costumava retirar-se a lugares solitários para orar”.(Lc 5, 16)
Os retiros espirituais, de formação, as vivências ou os chamados acampamentos são muito importantes para aprofundar nossa fé. Os retiros podem ser de metade de um dia, de um dia, de três dias, de uma semana... Depende da sua finalidade e do público-alvo.
- Como prepará-lo? É muito difícil??
Para a realização dessa atividade, é necessário ter em mente o objetivo do retiro, ver a realidade do grupo e buscar apoio e orientação com o sacerdote de sua comunidade. A equipe de coordenação precisa estar fortalecida e sem problemas internos, pois algo assim pode comprometer seu evento. Eis as principais etapas da organização:
- Pensar o tema do retiro (ponto fundamental que abrangerá as demais partes do evento);
- Projetar o programa (corpo do retiro com as pregações, os momentos de oração, animações, desertos, lembrancinhas, celebração com o padre, as músicas, as dinâmicas, a ornamentação...);- Pesquisar o melhor local (é necessário pesquisar um local que traga as melhores condições para receber os retirantes e para a realização das atividades pensadas no programa do Retiro).
Além dessas medidas, é necessário lembrar do transporte, da alimentação, lista do que levar, Missa de entrega, autorização dos responsáveis, possíveis gastos, os horários, material de primeiros socorros, mensagens dos amigos e responsáveis.
É interessante dividir a coordenação em equipes visando dinamizar a organização e também diminuir que cada um fique sobrecarregado. Equipe de finanças, cozinha, música, momentos de oração, formação, intercessão, apoio, dinâmica, ornamentação, dentre outros. Nem sempre nossas coordenações são grandes em números e essas “mini-equipes” ficam representadas por uma ou duas pessoas, todavia, já é uma boa divisão de tarefas.Nas reuniões preparatórias cada equipe apresenta seus avanços e o retiro vai tendo sua estrutura montada. Peça, se possível, a presença do sacerdote em algumas dessas reuniões, visando apresentar o que vem sendo estruturado e pedindo orientações e sugestões.
Cada Retiro é um momento único, mesmo que você repita o tema e as atividades nos ano seguinte. Não se podem prever as suas realizações em cada pessoa, mas tenha certeza que o Espírito Santo irá agir e fará que esse retirante tenha um encontro maior com Deus. Talvez você pense que essa atividade requer muitas atenções, traz inúmeras dificuldades e obstáculos para a sua realização, porém não se esqueça que você não estará sozinho(a)! O sacerdote é o seu maior aliado e ainda você dispõe da sua equipe de coordenação.
Ao iniciar esse grandioso projeto, você irá compreender a importância dos retiros na vida das pessoas; entenderá que será necessária persistência e trabalho árduo para montar toda a sua estrutura; ter toda a calma e paciência para executá-lo junto com sua equipe; achará as respostas para suas principais dúvidas e verá o quão maravilhoso é o seu resultado, pois os retiros são magníficos momentos de forte interiorização e maior sintonia com nosso amado Deus. Lance essa idéia em seu grupo, movimento ou pastoral.
- OLHA A DICA!!!Devido a falta de literatura sobre o tema, escrevi um livro (Como preparar um Retiro) que orienta todas essas tarefas descritas acima e ainda traz inúmeros exemplos de retiros já realizados para exemplificar toda a teoria explicada no decorrer do mesmo. Fica a sugestão de leitura para que catequistas, agentes de pastoral e sacerdotes possam ter suas dúvidas sanadas para ampliar e aprofundar seus retiros.
Paz e Bem!
- Fonte: SANTOS, Juberto. “Como preparar um Retiro” - Editora Vozes, 2009.
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Juberto Santos é Historiador e professor de História, pela UFRJ. Atua como Catequista (Crisma e Perseverança) na Paróquia Nossa Senhora d’Ajuda (Igreja de Santo Antônio), no Rio de Janeiro. É ministro de música e pregador, animador de retiros e vivências. É autor de “Como preparar um Retiro” - Editora Vozes, 2009.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
TIPOS DE CRISTÃOS EM NOSSAS IGREJAS
O "Cristão de IBGE" - porque só se descobre que é cristão em questionário;
O "Cristão INSS" - que acredita que Igreja é para idosos e idosas;
O "Cristão socialite" - pois só aparece em ocasiões sociais, como casamentos, batizados e enterros.
O "Cristão doente" - Pensei que fosse alguém doente pela Igreja, assim como alguns são "doentes" por seus times de futebol, mas não; é aquele que só procura a Igreja quando não tem mais jeito mesmo; está nas últimas.
O "Cristão Turista" - que só aparece na comunidade aos domingos ;
O "Cristão político" - dá o ar da graça de quatro em quatro anos, faz promessas aos santos e ao povo e some.
O "Cristão celeste" - porque vivem olhando para o céu e não querem ouvir nem se preocupar com as coisas da terra.
Ou o "cristão fiel" - aquele católico que segue fielmente a Jesus, que leva a palavra a todos os povos, que vai a missa regularmente, que tem trabalhos em sua comunidade e que não nega o Salvador. (Só responda esta, se você se adequara todas as qualidades)
Então qual destes você se encaixa?
O Livro do Apocalipse
Último livro de Bíblia, escrito cerca do ano 95 d.C., durante a perseguição aos cristãos, promovida pelo imperador Domiciano. Foi escrito por São João que, exilado na ilha de Patmos, teve, num domingo (Ap 1,9-10), extraordinárias visões simbólicas, que lhe deram a certeza de que Deus daria a vitória final a quantos se mantivessem fiéis a Jesus Cristo, vitória anunciada para breve (Ap 22,7-20). A uma primeira visão do Ressuscitado, seguem-se sete cartas a outras tantas Igrejas da Ásia Menor. O corpo maior do livro é preenchido por revelações sobre o sentido da história, em momento particularmente difícil para a Igreja dos primórdios (destruição de Jerusalém, decadência do Império Romano, primeiras heresias…), o que sugeria “o fim dos tempos”.
O livro do Apocalipse de São João (para católicos e ortodoxos) ou Apocalipse de João (para protestantes) ou (Revelação a João) é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico. A palavra significa, em grego, "Revelação". Um "apocalipse", na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações.
Para os cristãos, o livro possuiria a pré-visão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno do Messias cristão. Alguns Protestantes e Católicos mencionam que os acontecimentos previstos no livro já teriam começado. Devido ao fato de que, na maioria das bíblias em língua portuguesa, se usar o título Apocalipse, e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro e é às vezes usado como sinônimo (errôneo) de "fim do mundo".
- Autoria
Exegetas católicos e protestantes atribuem a sua autoria a João, o mesmo autor do Evangelho Segundo João, conforme o descrito no próprio livro: Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia. (Apocalipse 1:9–11)
- Conteúdo do Texto
O imperador romano Domiciano (81- 96 d.C.) moveu forte perseguição aos cristãos, tendo deportado S. João, que era o bispo de Éfeso para a ilha de Patmos . Ao mesmo tempo os cristãos eram hostilizados pelo judeus e aguardavam a volta de Cristo, que não acontecia, para livrá-los de todos os males. Foi neste contexto que o Apóstolo escreveu o Apocalipse para confortar e animar os cristãos das já inúmeras comunidades da Ásia Menor. Apocalipse, em grego ´apokálypsis´(= revelação), era um gênero literário que se tornou usual entre os judeus após o exílio da Babilônia (587-535 a.C.), e descreve os fins dos tempos onde Deus vai julgar os homens. Essa intervenção de Deus abala a natureza (fenômenos cósmicos), com muita simbologia e números. A mensagem principal do livro é que Deus é o Senhor da História dos homens, e no final haverá a vitória dos justos. Mostra a vida da Igreja na terra como uma contínua luta entre Cristo e Satanás, mas que no final haverá o triunfo definitivo do Reino de Cristo, triunfo que implica na ressurreição dos mortos e renovação da natureza material.
As calamidades que são apresentadas não devem ser interpretadas ao pé da letra. Deus sabe e saberá tirar de todos os sofrimentos da humanidade a vitória final do Bem sobre o Mal.
Infelizmente há muitos que querem interpretar a Bíblia “a seu modo”, mesmo sem conhecer os gêneros literários, as línguas antigas, a história antiga, etc, e isto tem levado multidões a caminhar longe da verdade de Deus. Até “tarô bíblico” já se apresenta na TV; isto é, interpreta-se a Bíblia com o auxílio das cartas esotéricas do tarô ... Por tudo isso, e para que não acontecesse essas aberrações, e a Bíblia não ficasse sujeita à interpretação subjetiva de muitos, foi que Jesus deixou Pedro e os Apóstolos, hoje o Papa e os Bispos, sucessores dos Apóstolos, para interpretarem sem erro o que foi revelado sem erro. É o que chamamos de Magistério da Igreja.
O Apocalipse foi escrito sob a forma de uma carta escrita às Igrejas da Ásia menor, que viviam tempos difíceis de perseguição romana. É um livro bastante enigmático e difícil de ser entendido, e que pode gerar muitos erros de interpretação como já ocorreu muitas vezes na história da Igreja se não observarmos com cuidado como a Igreja o interpreta. O Apocalípse não pretende dar uma descrição antecipada dos acontecimentos do futuro, mas de apresentar uma mesma realidade sob vários símbolos diferentes; e tudo é feito com uma linguagem intencionalmente figurada para despertar a atenção do leitor, que estava acostumado ao gênero apocalíptico usado pelos judeus.
Alguns símbolos tem significado preciso: o Cordeiro simboliza o Cristo; a mulher, a Igreja ou a Virgem Maria; o dragão, as forças hostis ao reino de Deus; as duas feras (cap.13), o império romano e o culto imperial; a fera (cap.17), simboliza Nero; Babilônia, a Roma pagã; as vestes brancas, a vitória; o número três e meio, coisa nefasta ou caduca. Mas esses símbolos não são exclusivos; o Cristo é, às vezes representado como “filho do homem”ou cavaleiro. O Apocalípse é uma revelação sobrenatural, velada, sob símbolos, representando tanto o passado, quanto o presente da Igreja, e também o futuro. Se refere a um período indefinido que separa a Ascensão de Cristo de sua volta gloriosa. Deixa claro da impossibilidade de escapar à luta e ao sofrimento, às perseguições e ao fracasso aparente no plano terrestre, à realidade da salvação que lhe será concedida no meio de suas obrigações, e à vitória final, que é obra de Cristo ressuscitado que venceu o pecado e a morte.
A mensagem principal do livro é que Deus é o Senhor da História dos homens, e no final haverá a vitória dos justos, em que pese o sofrimento e a morte. Mostra a vida da Igreja na terra como uma contínua luta entre Cristo e Satanás, mas que no final haverá o triunfo definitivo do Reino de Cristo, triunfo que implica na ressurreição dos mortos e renovação da natureza material. As calamidades que são apresentadas não devem ser interpretadas ao pé da letra. Deus sabe e saberá tirar de todos os sofrimentos da humanidade a vitória final do Bem sobre o Mal.
- O número da Besta 666 (Ap 13, 18)
Aproveitando do simbolismo dos números dos antigos, S. João designou o perseguidor dos cristãos (figurado como uma besta) dizendo que o nome desse homem (NERO) tem o valor numérico de 666. Ele foi o primeiro imperador romano a perseguir a Igreja desde o ano 64dC. E sua perseguição foi bárbara e cruel. Para os antigos as letras tinham valor numérico, como por exemplo no alfabeto romano (I=1; II=2; V=5; C=100; D=500; M=1000; ...), e a soma dos números correspondentes a cada letra de um nome dava o valor numérico desse nome. Qual é, então, para o autor sagrado do Apocalipse, o nome cujas letras somadas dão o total de 666? Note-se que não se deve procurar tal nome entre os latinos ou na história posterior a São João, uma vez que os leitores do Apocalipse estavam na Ásia Menor, e alí se falava o grego e não o latim; e só conheciam os acontecimentos do seu passado e do seu presente. É para esses leitores que S. João queria transmitir uma mensagem, na forma que pudessem compreender.
OBS.: A mensagem do Apocalipse é perene, vale para o passado e para o futuro também. O 666 foi identificado pelos especialistas como sendo a decodificação de Cesar Nero, primeiro perseguidor dos Cristãos, a partir de 64. Mas pode representar o anti-Cristo de todas as épocas, todos que perseguiram e perseguirão os cristãos. Sobre a marca na mão direita e na testa, é sem dúvida um boicote aos cristãos, por parte do anti-Cristo de todas as épocas. Se isto vai se confirmar com o uso dos chips de mão ou coisas semelhantes, só esperando para ver. A Igreja nada afirma sobre esta questão.
REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
O PECADO
Podemos entender o pecado de várias formas, mas todos sabemos que o Pecado é a doença da Alma. São Tomás de Aquino, na Exposição do Credo, diz que há duas mortes: a primeira é a do corpo, física, quando a alma se separa dele; a segunda é a da alma, espiritual, quando esta se separa de Deus. A pior é a segunda, e tem como causa o pecado. A prática do mal faz parte da experiência humana desde sempre. Nas sociedades primitivas, aparece como transgressão às regras da comunidade, e por esta é castigada; nas sociedades politeístas, aparece como transgressão à ordem do mundo estabelecida pelos deuses, podendo provocar as suas iras. No Antigo Testamento (AT), aparece, sobretudo como violação da Aliança estabelecida por Javé com o seu povo, pelo incumprimento da Lei, levando Deus a deixar o povo à sua triste sorte até que, pelo arrependimento, lhe perdoe e o salve. No Novo Testamento, o conceito de pecado aprofunda-se: ele é desobediência e ofensa a Deus; entrou no mundo pela queda de Adão, tornando o homem sujeito ao poder de Satanás e levando-o à morte; mas a obediência de Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, enviado pelo Pai num rasgo de misericórdia, salvou-o da situação de perdição pelo sacrifício da cruz.
- O pecado original
A tendência para o mal é sentida, sobretudo por aqueles que se empenham em fazer o bem. A revelação veio projetar luz sobre tal situação, sobretudo com a narrativa da queda dos nossos primeiros pais (Gn 3,1-23). O magistério da Igreja interpreta-a como a sua cedência à tentação demoníaca de confronto com Deus, acarretando a perda da justiça original em que foram criados, com as prerrogativas da imortalidade e da felicidade. Tais tremendas conseqüências refletem-se na humanidade descendente deles, à qual deixaram de poder transmitir o que tinham desgraçadamente perdido. Mas Deus não podia ser vencido pela maldade das suas criaturas. Na sua misericórdia infinita, logo anunciou a salvação (“proto-evangelho”, Gn 1,15). Transformou assim a lamentável queda de Adão na “feliz culpa” (Exultet, do Precónio Pascal), por ter proporcionado a Deus o envio de seu Filho feito Homem a dar a vida em sacrifício de valor infinito, por amor dos homens, operando a sua salvação, e reparando as ofensas e as injúrias cometidas contra Ele pela queda original. (Conf. Catecismo da Igreja Católica [CIC] 385-412).
O Pecado é a transgressão voluntária da Lei de Deus. Pressupõe matéria proibida (ou estimada como tal), advertência e consentimento. Pode cometer-se por ato, omissão, pensamento ou desejo. É ofensa ao amor de Deus, que é infinitamente bom e amável (podendo eventualmente ser também ofensa ao amor do próximo e até de si mesmo, como no caso do suicídio); e é injúria ou lesão do direito de Deus a ser obedecido, tanto mais que Ele só pode querer o nosso bem (podendo também lesar o próximo nos seus direitos). “Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda iniqüidade é pecado, e há pecado que não é para morte.” (1 Jo 5.16,17) Na tradição da Igreja, impôs-se a distinção entre pecado mortal (ou grave) e pecado venial (ou leve), distinguindo-se um do outro por natureza e não por simples grau.
Pecados Graves (mortais): São ofensas graves à Deus ou ao próximo. Apagam a caridade no coração do homem; desviam o homem de Deus. Quem morre em pecado grave (mortal) sem arrependimento, merece a morte eterna, conforme o testemunho da Escritura: "Há pecado que leva à morte" (I Jo 5,16b). O pecado mortal pressupõe matéria grave, plena consciência (do ato e da sua gravidade) e propósito deliberado. A matéria grave encontra-se precisada nos dez Mandamentos da Lei de Deus, segundo a resposta de Jesus ao jovem rico: “Não mates, não cometas adultério, não furtes, não levantes falsos testemunhos, não cometas fraudes, honra pai e mãe” (Mc 10,18). A gravidade da matéria depende das circunstâncias concretas, o mesmo se podendo dizer da plena consciência e do total consentimento. O pecado mortal degrada quem o pratica, quebra a amizade com Deus, faz perder a graça santificante e os méritos sobrenaturais adquiridos anteriormente e acarreta a pena eterna. A Igreja nos ensina que não podemos Comungar em pecado mortal sem antes se Confessar.
Pecados Leves (veniais): São ofensas leves a Deus e ao próximo. Embora ofendam a Deus, não destroem a amizade entre Ele e o homem. Quem morre em pecado leve não merece a morte eterna. "Toda iniqüidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte" (I Jo 5, 17).O pecado venial não corta a amizade com Deus nem a graça santificante, não acarreta pena eterna, mas pena temporal. O pecado venial cometido por simples fragilidade, sempre que lamentado e combatido, pode mesmo despertar um esforço maior pela santificação própria, mantendo a pessoa na humildade e na paciência; pelo contrário, o pecado venial friamente deliberado enfraquece a caridade e predispõe para o pecado grave (Cf. CIC. 1846-1869). Merecem ainda referência às imperfeições, que se distinguem do pecado leve por serem atos de si bons que se preferem a outros melhores ou são praticados de maneira frouxa.
Pecados Capitais: O papa Gregório Magno no século VI instituiu os sete pecados capitais, que são os princípios que ferem a Deus, a você e ao próximo. Os sete pecados capitais são: Gula: consiste em comer além do necessário e a toda hora; Avareza: é a cobiça de bens materiais e dinheiro; Inveja: desejar atributos, status, posse e habilidades de outra pessoa; Ira: é a junção dos sentimentos de raiva, ódio, rancor que às vezes é incontrolável; Soberba: é caracterizado pela falta de humildade de uma pessoa, alguém que se acha auto-suficiente; Luxúria: apego aos prazeres carnais e bens materiais; Preguiça: aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico. Não há registro da enumeração dos sete pecados capitais na Bíblia Sagrada, todavia, esses pecados aparecem no decorrer dos mais de 70 livros. Pecados Capitais na era da globalização: Poluição do ambiente; Pedofilia; Agravamento da injustiça social; Tráfico de droga; Manipulação genética.
- A luta contra o pecado
É obrigação de todo o homem, e particularmente do cristão, lutar contra o pecado e contra tudo o que a ele conduz. Fazem parte dessa incessante luta a fuga das ocasiões, o fortalecimento espiritual pela freqüência dos sacramentos e pela oração, e o recurso aos diversos meios de santificação. Nas atuais condições de vida sociocultural, assumem especial agressividade as fontes do pecado, que tradicionalmente se chamam inimigos do homem: o mundo, o demônio e a carne. ''A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina.'' (1 Cor 1, 18)
O mundo também abriga mentiras, injustiças, rivalidades, violências, que tornam difícil à generalidade das pessoas discernir o que é bem e é mal, e levar uma vida honesta e santa. Caso particular é o dos pecados sociais, a que a Igreja está hoje mais atenta com o conhecimento mais vivo do que se passa pelo mundo em matéria de falsidades, injustiças e violências a que João Paulo II chamou “estruturas de pecado” (Enc. SRS 36, etc.). Todo o pecado pressupõe um agente livre e responsável, pelo que os pecados sociais resultam do somatório de muitas falhas morais dos membros duma determinada sociedade. A luta contra estes pecados faz-se pela purificação da maneira de pensar e viver da própria sociedade, pela projeção nela dos valores do Evangelho. O demônio, sempre atento às circunstâncias da vida dos homens, não descansa na procura dos meios mais subtis de os tentar. É fácil descobrir a sua interferência nos males denunciados pelo magistério, nomeadamente nas linhas dos atentados contra a vida humana, contra a família, contra o destino universal dos bens, contra o sentido de Deus na vida humana… A carne, como expressão da ânsia desordenada do prazer, encontra-se exacerbada na nossa sociedade, muito marcada pelo erotismo e pelo hedonismo no comer, no beber, no gozar a vida. Como no passado, em tempos difíceis, a resposta da Igreja incluirá a mobilização de espíritos carismáticos que dêem o alegre testemunho duma vida ascética muito consagrada ao serviço dos pobres.
- Pecado contra o Espírito Santo
- O pecado original
A tendência para o mal é sentida, sobretudo por aqueles que se empenham em fazer o bem. A revelação veio projetar luz sobre tal situação, sobretudo com a narrativa da queda dos nossos primeiros pais (Gn 3,1-23). O magistério da Igreja interpreta-a como a sua cedência à tentação demoníaca de confronto com Deus, acarretando a perda da justiça original em que foram criados, com as prerrogativas da imortalidade e da felicidade. Tais tremendas conseqüências refletem-se na humanidade descendente deles, à qual deixaram de poder transmitir o que tinham desgraçadamente perdido. Mas Deus não podia ser vencido pela maldade das suas criaturas. Na sua misericórdia infinita, logo anunciou a salvação (“proto-evangelho”, Gn 1,15). Transformou assim a lamentável queda de Adão na “feliz culpa” (Exultet, do Precónio Pascal), por ter proporcionado a Deus o envio de seu Filho feito Homem a dar a vida em sacrifício de valor infinito, por amor dos homens, operando a sua salvação, e reparando as ofensas e as injúrias cometidas contra Ele pela queda original. (Conf. Catecismo da Igreja Católica [CIC] 385-412).
O Pecado é a transgressão voluntária da Lei de Deus. Pressupõe matéria proibida (ou estimada como tal), advertência e consentimento. Pode cometer-se por ato, omissão, pensamento ou desejo. É ofensa ao amor de Deus, que é infinitamente bom e amável (podendo eventualmente ser também ofensa ao amor do próximo e até de si mesmo, como no caso do suicídio); e é injúria ou lesão do direito de Deus a ser obedecido, tanto mais que Ele só pode querer o nosso bem (podendo também lesar o próximo nos seus direitos). “Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda iniqüidade é pecado, e há pecado que não é para morte.” (1 Jo 5.16,17) Na tradição da Igreja, impôs-se a distinção entre pecado mortal (ou grave) e pecado venial (ou leve), distinguindo-se um do outro por natureza e não por simples grau.
Pecados Graves (mortais): São ofensas graves à Deus ou ao próximo. Apagam a caridade no coração do homem; desviam o homem de Deus. Quem morre em pecado grave (mortal) sem arrependimento, merece a morte eterna, conforme o testemunho da Escritura: "Há pecado que leva à morte" (I Jo 5,16b). O pecado mortal pressupõe matéria grave, plena consciência (do ato e da sua gravidade) e propósito deliberado. A matéria grave encontra-se precisada nos dez Mandamentos da Lei de Deus, segundo a resposta de Jesus ao jovem rico: “Não mates, não cometas adultério, não furtes, não levantes falsos testemunhos, não cometas fraudes, honra pai e mãe” (Mc 10,18). A gravidade da matéria depende das circunstâncias concretas, o mesmo se podendo dizer da plena consciência e do total consentimento. O pecado mortal degrada quem o pratica, quebra a amizade com Deus, faz perder a graça santificante e os méritos sobrenaturais adquiridos anteriormente e acarreta a pena eterna. A Igreja nos ensina que não podemos Comungar em pecado mortal sem antes se Confessar.
Pecados Leves (veniais): São ofensas leves a Deus e ao próximo. Embora ofendam a Deus, não destroem a amizade entre Ele e o homem. Quem morre em pecado leve não merece a morte eterna. "Toda iniqüidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte" (I Jo 5, 17).O pecado venial não corta a amizade com Deus nem a graça santificante, não acarreta pena eterna, mas pena temporal. O pecado venial cometido por simples fragilidade, sempre que lamentado e combatido, pode mesmo despertar um esforço maior pela santificação própria, mantendo a pessoa na humildade e na paciência; pelo contrário, o pecado venial friamente deliberado enfraquece a caridade e predispõe para o pecado grave (Cf. CIC. 1846-1869). Merecem ainda referência às imperfeições, que se distinguem do pecado leve por serem atos de si bons que se preferem a outros melhores ou são praticados de maneira frouxa.
Pecados Capitais: O papa Gregório Magno no século VI instituiu os sete pecados capitais, que são os princípios que ferem a Deus, a você e ao próximo. Os sete pecados capitais são: Gula: consiste em comer além do necessário e a toda hora; Avareza: é a cobiça de bens materiais e dinheiro; Inveja: desejar atributos, status, posse e habilidades de outra pessoa; Ira: é a junção dos sentimentos de raiva, ódio, rancor que às vezes é incontrolável; Soberba: é caracterizado pela falta de humildade de uma pessoa, alguém que se acha auto-suficiente; Luxúria: apego aos prazeres carnais e bens materiais; Preguiça: aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico. Não há registro da enumeração dos sete pecados capitais na Bíblia Sagrada, todavia, esses pecados aparecem no decorrer dos mais de 70 livros. Pecados Capitais na era da globalização: Poluição do ambiente; Pedofilia; Agravamento da injustiça social; Tráfico de droga; Manipulação genética.
- A luta contra o pecado
É obrigação de todo o homem, e particularmente do cristão, lutar contra o pecado e contra tudo o que a ele conduz. Fazem parte dessa incessante luta a fuga das ocasiões, o fortalecimento espiritual pela freqüência dos sacramentos e pela oração, e o recurso aos diversos meios de santificação. Nas atuais condições de vida sociocultural, assumem especial agressividade as fontes do pecado, que tradicionalmente se chamam inimigos do homem: o mundo, o demônio e a carne. ''A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina.'' (1 Cor 1, 18)
O mundo também abriga mentiras, injustiças, rivalidades, violências, que tornam difícil à generalidade das pessoas discernir o que é bem e é mal, e levar uma vida honesta e santa. Caso particular é o dos pecados sociais, a que a Igreja está hoje mais atenta com o conhecimento mais vivo do que se passa pelo mundo em matéria de falsidades, injustiças e violências a que João Paulo II chamou “estruturas de pecado” (Enc. SRS 36, etc.). Todo o pecado pressupõe um agente livre e responsável, pelo que os pecados sociais resultam do somatório de muitas falhas morais dos membros duma determinada sociedade. A luta contra estes pecados faz-se pela purificação da maneira de pensar e viver da própria sociedade, pela projeção nela dos valores do Evangelho. O demônio, sempre atento às circunstâncias da vida dos homens, não descansa na procura dos meios mais subtis de os tentar. É fácil descobrir a sua interferência nos males denunciados pelo magistério, nomeadamente nas linhas dos atentados contra a vida humana, contra a família, contra o destino universal dos bens, contra o sentido de Deus na vida humana… A carne, como expressão da ânsia desordenada do prazer, encontra-se exacerbada na nossa sociedade, muito marcada pelo erotismo e pelo hedonismo no comer, no beber, no gozar a vida. Como no passado, em tempos difíceis, a resposta da Igreja incluirá a mobilização de espíritos carismáticos que dêem o alegre testemunho duma vida ascética muito consagrada ao serviço dos pobres.
- Pecado contra o Espírito Santo
CIC 1864 – “Aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não terá remissão para sempre. Pelo contrário, é culpado de um pecado eterno” (Mc 3,29). A misericórdia de Deus não tem limites, mas quem se recusa deliberadamente a acolher a misericórdia de Deus pelo arrependimento, rejeita o perdão de seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo (DeV 46). Semelhante endurecimento pode levar à impenitência final e à perdição eterna.
- O perdão dos pecados
O pecado original, que não é propriamente cometido, mas adquirido, apaga-se pelo Batismo, que perdoa ainda ao catecúmeno os pecados pessoais de que esteja arrependido. O sacramento da Penitência foi instituído para o perdão dos pecados graves aos pecadores arrependidos, embora seja também muito recomendado para o perdão dos pecados veniais. Para o perdão destes e das imperfeições, a Igreja dispõe ainda de outros meios, como o ato penitencial da Missa e a Comunhão sacramental. O ato de contrição perfeito, por motivo de caridade, também pode perdoar qualquer pecado, desde que, no caso de pecado grave, pressuponha o voto de confissão sacramental. Embora o Batismo elimine o pecado original, as suas seqüelas continuam em nós: os sofrimentos, a doença, a morte, a propensão ao pecado.
Os judeus não reconheceram Jesus como o Cristo de Deus, exatamente porque eles esperavam um Messias libertador político. Quando Jesus se apresentou como “Aquele que tira o pecado do mundo”, com o sacrifício de si mesmo, se escandalizaram e o pregaram na cruz como um farsante. Assim como a missão de Cristo foi libertar o homem do pecado, a missão da Igreja, que é o seu Corpo místico, a sua continuação na história, é também a de libertar a humanidade do pecado e levá-la à santificação. Fora disso a Igreja se esvazia e não cumpre a missão dada pelo Senhor.
Jesus, quer dizer, em hebraico, “Deus salva”. Salva dos pecados e da morte. Na Anunciação o Anjo disse a Maria: “... lhe porás o nome de Jesus”. (Lc 1, 31) A José, o mesmo Anjo disse: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”. (Mt 1, 21) A salvação se dá pelo perdão dos pecados; e já que “só Deus pode perdoar os pecados” (Mc 2, 7), Ele enviou o Seu Filho para salvar o seu povo dos seus pecados. A primeira coisa que Jesus fez no dia da sua ressurreição foi enviar os Apóstolos para perdoar os pecados. “Como o Pai me enviou, eu vos envio a vós... Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22´23).
Isto mostra que a grande missão de Jesus era, de fato, “tirar o pecado do mundo”, e Ele não teve dúvida de chegar até a morte trágica para isto. Agora, vivo e ressuscitado, vencedor do pecado e da mote, através do ministério da Igreja, dá o perdão a todos os homens. Como é grande e precioso o Sacramento da Confissão, chamado de Reconciliação! Pela absolvição do sacerdote, ministro do Senhor, recebemos o Seu próprio perdão, conquistado na obediência da cruz. Diante de nossos pecados, não adianta se desesperar ou desanimar; a única atitude correta é enfrentá-los com boa disposição interior e com a graça de Deus. São Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja, dizia que não adianta ficar “pisando a própria alma”, depois de ter caído no pecado.
Até mesmo os nossos pecados, aceitos com humildade, podem nos ajudar a crescer espiritualmente.
Juberto Santos
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
3. Formação de Catequistas
Fonte: DNC - Diretório Nacional da Catequese
Publicação CNBB, Pág,151
3.2. Objetivos e finalidades da formação
3.2.1 Objetivos
§254. A formação de catequistas tem como objetivos:
a) Favorecer a cada catequista o seu próprio crescimento e realização, acolhendo a proposta de Deus e sentindo-se pertencente a uma comunidade;
b)capacitar os catequistas como comunicadores e no uso adequado dos meios de comunicação (jornal, TV, Internet, rádio, etc.), a fim de que "saibam transmitir o Evangelho com convicção e autenticidade, para que esta palavra viva se torne luz e fermento em meio à sociedade atual" (DGC 237);
c) preparar os catequistas para desenvolver as tarefas de iniciação, de educação e de ensino e para que sejam autênticos mistagogos da fé;
d) ajudar na busca de maior maturidade na fé, conscientizando para a importância de uma clara indentidade cristã;
e) "mostrar quem é Jesus Cristo: sua Vida, seu Ministério, e apresentar a fé cristã como seguimento de sua pessoa" (DGC 41);
f) preparar animadores que atuem em diferentes níveis: nacional, regional, diocesano e paroquial;
g) desenvolver uma educação da fé que ajude a fazer a inculturação da mensagem e a compreender as aspirações humanas dos interlocutores da catequese;
h) dar condições para que o trabalho dos catequistas desenvolva a dimensão ecumênica e o diálogo inter-religioso, com plena fidelidade à doutrina da Igreja.
É apartir deste trecho do nosso diretório que este blog foi criado. Mais um auxilio para os catequistas, catequisandos e animadores de comunidade.
Nossos textos se basearam nas seguintes fontes:
Publicação CNBB, Pág,151
3.2. Objetivos e finalidades da formação
3.2.1 Objetivos
§254. A formação de catequistas tem como objetivos:
a) Favorecer a cada catequista o seu próprio crescimento e realização, acolhendo a proposta de Deus e sentindo-se pertencente a uma comunidade;
b)capacitar os catequistas como comunicadores e no uso adequado dos meios de comunicação (jornal, TV, Internet, rádio, etc.), a fim de que "saibam transmitir o Evangelho com convicção e autenticidade, para que esta palavra viva se torne luz e fermento em meio à sociedade atual" (DGC 237);
c) preparar os catequistas para desenvolver as tarefas de iniciação, de educação e de ensino e para que sejam autênticos mistagogos da fé;
d) ajudar na busca de maior maturidade na fé, conscientizando para a importância de uma clara indentidade cristã;
e) "mostrar quem é Jesus Cristo: sua Vida, seu Ministério, e apresentar a fé cristã como seguimento de sua pessoa" (DGC 41);
f) preparar animadores que atuem em diferentes níveis: nacional, regional, diocesano e paroquial;
g) desenvolver uma educação da fé que ajude a fazer a inculturação da mensagem e a compreender as aspirações humanas dos interlocutores da catequese;
h) dar condições para que o trabalho dos catequistas desenvolva a dimensão ecumênica e o diálogo inter-religioso, com plena fidelidade à doutrina da Igreja.
É apartir deste trecho do nosso diretório que este blog foi criado. Mais um auxilio para os catequistas, catequisandos e animadores de comunidade.
Nossos textos se basearam nas seguintes fontes:
- www.cnbb.org.br
- www.catequisar.com.br
- Comunidades do orkut: Catequese Católica, Arquivo do catequista, Dou encontros de catequese.
- DNC - Diretório Nacional da Catequese
- CR - Catequese Renovada
- "O Domingo" - Semanári Litúrgico-catequético
- www.paulus.org.br
- www.paulinas.org.br
- E sem esquecer de textos escritos de autoria própria dos colaborados do blog e de sua Formadora.
Um forte abraço!
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