quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Uma Breve Introdução

Como nasceu estaInstituição de dois mil anos??
Achei um breve resumo muito interessante, o qual repasso a vocês!

Oficialmente, nossa Igreja nasceu no dia de Pentecostes (At 4,8-12), quando os Apóstolos recebem a Plenitude no Espírito Santo, porém, sendo nossa Igreja "Missionária", podemos afirmar que Ela começa a criar seus primeiros alicerces na “Plenitude dos tempos” (Gl 4,4 ; Ef 1,10), com o nascimento de Jesus Cristo, já que é Dele que herdamos a Missão. Deus prepara o caminho da sua Igreja através dos tempos, de forma a que ela pudesse desenvolver conforme sua vontade, como podemos acompanhar: "Jesus nasce em Belém, durante o domínio do Império romano, governado pelo Imperador Otávio Augusto (30 aC – 14 dC).
Neste tempo o comércio era intenso por mar e terra o que tornou, depois, possível aos apóstolos difundir a Boa Nova em todo o Império, tanto que aproximadamente no ano 248 Origenes escreveu: -“Deus preparou os povos e fez com que o Império Romano dominasse o mundo ... porque a exist6encia de muitos reinos teria sido um obstáculo à preparação da Doutrina de Deus sobre a Terra” (Contra Celso 1130). Pedro foi constituído por Jesus “fundamento visível da Igreja que nascia" (Mt16, 16-19 ; Jo 21, 15-17) e em vários textos do Atos dos Apóstolos, tomava sempre a frente nos primeiros tempos da Igreja, tornando-se o primeiro Papa.
No principio, a vida do cristão foi muito difícil, já que a nova religião era perseguida por muitos poderosos, tanto do lado dos judeus, que viam nesta religião uma grande ameaça aos privilégios dos Doutores da Lei, como pelo lado dos Romanos, que tinha como maior objeção a divulgação no império de uma religião que pregava a "Liberdade", o "Respeito a dignidade do homem" e o amor a Deus de amor e perdão.
As comunidades cristãs viviam escondidas, mas em união total. Os cristãos desta época tinham um sentimento de irmandade, caridade e fé, inegavelmente muito maior que o cristão de hoje. Tudo era partilhado entre todos, os bens de cada um eram vendidos e o apurado da venda era usado em benefício da comunidade e da divulgação da fé. Eram as próprias comunidades que financiavam as peregrinações dos Apóstolos e Peregrinos Evangelizadores pelo mundo todo. Eles aceitavam a própria morte e torturas física por amor a Jesus. Foi durante este período que tivemos grande número de Santos e Mártires de nossa Igreja.
Após Pentecostes, quando quase 3000 pessoas são convertidas ao Cristianismo, a Igreja precisava crescer e rapidamente já ultrapassava os limites de Israel, entrando em território pagão:

- Na Síria, mais precisamente em Antioquia, foi fundada uma nova comunidade que acabou transformando-se em um centro de divulgação da religião helenista. Foi lá que pela primeira vez os Galileus (At 1,11) ou Nazarenos (At 24,5) foram chamados de CRISTÃOS.

- Em Roma o cristianismo deve ter-se originado através de Judeus que residiam lá e que peregrinando à Jerusalém por ocasião do primeiro Pentecostes Cristão (At 2,10) abraçaram a fé, e ao regressarem à Roma transmitiram a Boa Nova.

Acredita-se que Pedro e Paulo ao chegarem em Roma já encontraram uma comunidade estruturada. Na Gália não se tem relatos precisos, mas histórias contam que os irmãos Lázaro, Marta e Maria, teriam ido para a Provença, onde Lázaro teria sido bispo de Marselha (Lc 10, 38-42). O discípulo Dionísio (constituído por Paulo) teria sido o primeiro bispo de Paris. É certo, que no século II havia comunidades nascidas na Gália, como testemunhado por São Irineu, bispo de Lião (+ - 202). Na Espanha é possível que tenha estado São Paulo (Rm 15,28).
Na Inglaterra (Britânia na época) supõe-se que Cristiano tenha estado. Tertuliano falava da Britânia, que tinha “partes não penetradas pelos Romanos, mas sujeitas a Cristo (ADVERSUS JUDAEOS 7). Na Alemanha só se sabe que o Evangelho já tinha surgido no século II, conforme Santo Irineu. Na África Norte-Ocidental, deve ter sido evangelizada por cristãos de Roma, já que o comercio entre eles era muito grande. No século III, Tertuliano afirmava que cristãos eram a maioria das populaçòes que estavam com 90 sedes episcopais. Na Palestina a evangelização foi muito dificultada até os anos 70 pelos próprios judeus.
Na Índia, só se tem notícias com base em textos apócrifos que dizem que o apóstolo São Tomé pregou o evangelho, até a costa de Malbar, onde teria morrido como mártir sob o Rei Masdai. Alguns fatos importantes aconteceram nesta época que facilitaram esta rápida propagação da Religião Católica, como por exemplo:

A) A cultura greco-romana estava decadente na plano filosófico e dos costumes, por isto, as pessoas procuravam outras respostas que não fossem simples produtos do conhecimento do ser humano, mas fossem superior.

B) No plano ético o pobre era desprezado em favor do rico e poderoso, e a mulher que sofria com a marginalização, além dos escravos. A nova Religião vinha justamente recolocar estas classes num plano superior, valorizando o amor, o respeito e a dignidade de todos.

C) O cristianismo correspondia exatamente às aspirações mais profundas do ser humano. O evangelho era uma solução que embora não filosófica, podia ser aceita pela fé, sem trair sua dignidade.

D) Os cristãos traduziam o Evangelho em vida real. Os primeiros cristãos primavam pela retidão de costume, pelo amor fraterno, pela caridade, etc. Muitos cristãos mantinham-se intrépidos e aceitavam até mesmo a própria morte.

E) Os cristãos tinham, fervor de sua fé, todos sentiam o dever dse transmitir a Boa Nova.

A religião passou por vários momentos de perseguições e paz, durante o império romano, até o ano de 306 - 337, quando Constantino já é imperador.
Em 312, Constantino teve de enfrentar Maxêneio, que dominava Roma, embora não tivesse como religião a mitologia dos antigos romanos, cultuava Apolo, o "Deus Sol". Diz o historiador Eusébio de Cesaréia, que antes de entrar na guerra, Constantino e seu exercito viram o sobre o Sol, o sinal de uma cruz e Cristo teria aparecido à ele na noite seguinte, ordenando-lhe que fizesse um estandarte com o monograma de Cristo. O fato é que Constantino venceu a guerra e mesmo não sendo ainda católico, reconhecia cada vez mais o valor do cristianismo. Por isto em Fevereiro de 313 promulgou o Edito de Milão, que reconhecia a religião cristã como licita e dotada de plena liberdade. Em 380 a religião católica tornar-se-ia oficial em todo o império romano.
A Igreja de São Pedro em Roma, foi construída pelo próprio Constantino. As Igrejas de Jerusalém e Belém, tomam o nome de Basílicas. Os antigos templos pagãos, aos poucos vão caindo em ruínas. A família e o matrimonio recebem proteção legal. O “domingo”, que os pagãos chamavam “dia do Sol”, mas que era o dia da "Ressurreição de Jesus" foi declarado dia festivo oficial. Foi também, durante o reinado de Constantino, que convocou o 1º Concílio Católico, que foi compilado o Livro Sagrado, a Bíblia como a conhecemos hoje. Foi neste Concílio que os Bispos de todo o mundo, reunidos e por inspiração de Deus, definiram quais os livros seriam "Canonizados", tornando-se assim a Bíblia Universal, o que facilitou para que em todos os lugares do mundo o Evangelho fosse ensinado de uma só forma. Após Constantino, vários outros Imperadores tiverem papeis importantes na consolidação da Igreja Católica, como por exemplo: Teodósio, que em 28/02/380 assinou o decreto que tornava oficial a fé católica “transmitida aos romanos pelo Apóstolo Pedro, professada pelo Pontífice Damaso e o Santo Anastácio Bispo de Alexandria, ou seja o reconhecimento da Santa Trindade do Pai, do filho e do Espírito Santo”. Assim o que Constantino tornara lícito em 313, passava agora a Religião Oficial do Império.
Por volta do ano 600, o numero de cristãos só no Ocidente já estava na casa de 07 a 08 milhões, em uma população mundial de cerca de 10 milhões. Nem todos os cristãos desta época, recebiam uma orientação evangélica como deveria, muitos eram até batizados, mas sem a devida convicção, e sim para seguir o exemplo de seus mestres, e é claro que desta forma não poderiam dar testemunho de vida católica. A Igreja, através de seus bispos e missionários, dedicou-se muito a evangelização, visando converter verdadeiramente o cristão. A obra missionária foi facilitada pelo teor da mensagem evangélica, que tinha um conteúdo mais fácil de ser assimilado e aceito, pois pregava o amor, um só Deus que havia criado o mundo e tudo o que nele existia, um Deus que provia, um Deus que era Pai e Senhor de todos e que reserva uma vida eterna.
Por volta dos anos 600, surge O ISLAMISMO, através de Maomé, que em 610 -611 havia se convertido ao cristianismo, decepcionado com a desunião dos homens, torna-se dia a dia mais meditativo. Um dia, Maomé tem um sonho (Noite do Destino), onde um estranho apareceu-lhe, trazendo um rolo de pano nas mãos contendo vários sinais e mando-lhe que lê-se, não aceitando esta ordem Maomé acordou impressionado, e foi falar com sua mulher(Kadija) e seu primo Varaka, que afirmou-lhe que ele havia sido escolhido para ser profeta de uma nova fé. Após repetidas visões, Maomé desesperado pensa até em matar-se, por julgar estar sendo perseguido por espíritos, quando certa vez a estranha voz declarou: “Sou o anjo Gabriel e tu serás o apóstolo do Senhor”. Após esta declaração, o escolhido passou a pregar a nova religião: o “ISLAM”.
Pesquisado da Apostila Mater EcclesiaeAutor: Dom Estevão Tavares Bittencourt
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